Depois de quase dois meses em promover nenhum reajuste em seus preços, a Petrobras anunciou hoje (10/3) novos aumentos para a gasolina e o diesel. É bom preparar o bolso: os reajustes foram de 18,7% e 24,9%, respectivamente. Isto, nos valores cobrados nas refinarias da estatal, que começam a valer a partir de amanhã. Com o efeito cascata e impostos, é possível que estes aumentos possam até ser maiores para os consumidores.
Em Goiânia, os postos de combustíveis começaram a aumentar os seus preços no início desta semana. A justificativa foi o fim de promoção no setor. O preço médio do litro da gasolina comum, por exemplo, passou para R$ 7,27 na capital. Com o novo reajuste promovido pela Petrobras, donos de postos ouvidos pelo ENTRELINHAS GOIÁS afirmam que o litro do combustível pode chegar agora na casa dos R$ 8,00.
Em nota, a Petrobras justificou que o movimento se dá “no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda” e destacou que, apesar da disparada dos preços internacionais do petróleo e seus derivados nas últimas semanas, como decorrência da guerra na Ucrânia, a companhia decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato.
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, diz.
Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, disse a companhia por meio de nota.