As recentes mudanças no comando da Petrobras e sua política de precificação se tornaram assunto do momento para os pré-candidatos à presidente da República. Com exceção de Jair Bolsonaro (PL), claro, todos criticaram a mudança da presidência na estatal federal.
Líder nas pesquisas, Lula (PT) criticou o futuro presidente da estatal, Adriano Pires, culpou Bolsonaro e o comando da Petrobras pelos preços dos combustíveis no Brasil. E, num discurso populista, defendeu repartir seu lucro com a população.
“Uma empresa do porte da Petrobras precisa ter lucro. Nunca defendi que ela fosse deficitária. Mas é preciso repartir esse lucro com quem é responsável por ela, que é o povo brasileiro”, disse o petista.
Curiosamente, foi nas gestões do PT que aconteceu o maior escândalo de corrupção na Petrobras. Embora Lula nada comente sobre isto, seus adversários não esquecem. Ciro Gomes (PDT) afirmou que o PT teria implantado a “governança corporativa da ladroeira” na Petrobras. Também criticou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), a quem chamou de “pilantra, que trocou os pés pelas mãos” na operação Lava Jato.
Já Moro disse que a troca no comando da Petrobras é uma “cortina de fumaça” para o preço dos combustíveis. “A resposta para as dificuldades dos brasileiros está na volta do crescimento econômico, com inflação controlada e juros baixos. Factóides e instabilidade nada resolvem”, frisou.