Cresce a possibilidade do governador gaúcho Eduardo Leite trocar o PSDB pelo PSD para uma candidatura a presidente da República neste ano. Por ora, o partido mantém o discurso de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), é o pré-candidato da legenda. Entretanto, ao mesmo tempo que Pacheco não demonstra mais aquele entusiasmo pelo projeto, lideranças do PSD se empolgam em ter Leite como candidato do partido.
Eduardo Leite só iria ao PSD caso possa disputar a presidência, porque precisa trocar de partido e também renunciar ao mandato até 2 de abril. Presidente nacional do partido, Gilberto Kassab teria prometido uma resposta até o final de março. Espera a decisão final de Pacheco. Uma candidatura de Pacheco ou Leite interessa uma parte influente do PSD, que não deseja antecipar apoio ao ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno. Entre elas, por exemplo, o senador Vanderlan Cardoso.
Lula trabalha para ter o PSD na sua aliança, inclusive com Geraldo Alckmin filiado e candidato a vice-presidente. Mas a prioridade de Kassab é eleger deputados federais e senadores e, para isto, seria melhor estar neutro na disputa presidencial ou com uma candidatura independente do petista ou do presidente Jair Bolsonaro (PL).
É onde a decisão do partido poderá ter reflexos em Goiás. Além de eleger deputados estaduais e federais, a prioridade do PSD é eleger Henrique Meirelles para o Senado. De preferência, na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM). Se o partido estiver nacionalmente com Lula, esta possibilidade se reduz significativamente. Uma candidatura presidencial de Pacheco ou de Leite não teria maior impacto para esta aliança regional.