A Prefeitura de Goiânia arrecadou R$ 7,2 bilhões no ano passado, um aumento real de 9,2% em relação a 2021, segundo informou nesta terça-feira (2/5) o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Ele prestou contas na Câmara de Goiânia. Com esse aumento, a administração municipal teve superávit (receitas maiores que despesas) de R$ 423 milhões.
Um dos grandes destaques foi o aumento das receitas tributárias, que somaram R$ 2,74 bilhões no terceiro quadrimestre de 2022, crescimento real de 12,4%. Entre os motivos apontados pelo prefeito, estão a atualização do Código Tributário Municipal (CTM), o avanço do ISS, o retorno da cobrança da taxa de funcionamento e o bom desempenho do mercado imobiliário, com melhores índices em relação ao ITBI.
A Secretaria Municipal de Finanças enfatizou o crescimento de 10,3% na arrecadação de ISS em 2022, chegando a R$ 1 bilhão. A avaliação do secretário Vinícius Henrique Alves é que a elevação da receita do imposto sobre serviços está atrelada à retomada do crescimento do setor, que em 2022 foi de 8,3% em Goiás.
Obras
“O relatório demonstra, de forma incontestável, o equilíbrio fiscal e a responsabilidade que tenho para com as contas públicas”, frisou Rogério Cruz. “Em dois anos, avançamos muito em eixos que são prioridade absoluta para a nossa gestão: no amparo social, no reforço da educação, na estruturação da saúde pública, e no desenvolvimento econômico da nossa cidade”, destacou o prefeito.
Rogério Cruz afirmou ainda que concluiu “muitas obras deixadas pelas gestões anteriores” e que sua gestão está próxima de terminar as que ainda faltam. “Na área da educação, já inauguramos sete Cmeis e uma escola, que resultaram na abertura de cerca de 5 mil vagas para educação infantil. Também ampliamos em 10 o número de unidades em tempo integral”, disse.
O prefeito também ressaltou “obras de pavimentação de 13 bairros”, a continuação da Leste-Oeste e investimentos de R$ 70 milhões em drenagem. Contudo, algumas das obras citadas por Rogério Cruz sequer ainda foram licitadas.
As despesas com pessoal e encargos cresceram 4,5%, para R$ 3,07 bilhões. Mesmo assim, o índice de gasto com pessoal de Goiânia tem permanecido abaixo do limite prudencial de 51,3%, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com comprometimento de 43,8%. E está abaixo também do valor de 2021, quando foi de 45%.
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