Após uma ação fiscalizatória que resultou no fechamento de bares no Setor Marista, no último fim de semana, a Prefeitura de Goiânia e o sindicato que representa os donos de estabelecimentos comerciais (Sindibares Goiânia) fecharam acordo. Isto depois de ambas as partes trocarem acusações e críticas.
Em encontro no Paço, organizado pelo vereador Thialu Guiotti (Avante), ficou acordada a criação de um mutirão de regularização, com foco na emissão de licenças e na resolução de pendências relacionadas a multas acumuladas ao longo dos anos. A proposta visa corrigir irregularidades e garantir aos empresários locais o funcionamento de bares e restaurantes.
“Agradecemos ao prefeito Sandro Mabel pela disposição em dialogar conosco e por nos receber. A proposta de realizar um seminário e mutirão de regularização é uma oportunidade para conscientizar os empresários e ajudá-los a regularizar sua situação, para que possam continuar gerando emprego e renda”, afirmou Newton Pereira, presidente do Sindibares Goiânia.
Já Mabel reforçou seu compromisso com o crescimento e a regularização dos estabelecimentos. “Nós queremos intensificar o turismo cada vez mais, vamos trazer muitas atrações, muitos shows, vamos fazer muita coisa na cidade. Então, os bares e os restaurantes vão crescer ainda mais”, afirmou. “Da nossa parte, o que precisamos é regularizar”, enfatizou.
Entenda como aconteceu
A Prefeitura realizou na última sexta-feira à noite uma ação integrada entre órgãos municipais, a Polícia Militar e o Juizado da Infância e da Juventude em bares do Setor Marista, em Goiânia. Para verificar o atendimento de normas do Código de Posturas e em cumprimento a decisão judicial que determina a desobstrução do passeio público. Ao final, três estabelecimentos que não tinham alvará de localização e funcionamento foram interditados e tiveram mesas e cadeiras que estavam dispostas de forma irregular em calçadas recolhidas.
O Sindibares afirmou que, especialmente nos últimos anos, a Prefeitura tem apresentado significativo atraso na renovação das licenças solicitadas pelos estabelecimentos, dificultando o planejamento e a operação regular dos bares e restaurantes na cidade. Também considerou as ações da Prefeitura como pirotecnia e midiáticas, por acontecerem em horários de grande fluxo de consumidores.
“Entretanto, poderiam ser programadas com antecedência e com a adoção de um tom informativo/orientativo, em dias e horários mais apropriados, buscando conciliar a necessidade de fiscalização com a preservação da atividade econômica, que gera milhares de empregos na cidade de Goiânia”, disse.