Uma combinação de fatores deve levar a uma alta nos preços de combustíveis para os consumidores goianos nos próximos dias. Primeiro, o aumento do ICMS sobre o diesel e a gasolina, que já entra em vigor a partir deste sábado (01/2). Depois, o reajuste nos preços da Petrobras por conta da alta do dólar.
Por decisão do Confaz (que reúne os secretários estaduais da Fazenda), os novos valores para as alíquotas do ICMS serão R$ 1,47 por litro para a gasolina e R$ 1,12 por litro para o diesel. Representam um aumento no imposto por litro de R$ 0,10 para a gasolina e R$ 0,06 para o diesel.
No caso do GLP (o “gás de botijão”), a alíquota terá queda de R$ 1,41 para R$ 1,39 por litro.
Mas o impacto nos preços, pelo menos do diesel, pode ser ainda maior. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou ao presidente Lula, durante reunião na última segunda-feira (27/1), que a estatal planeja reajustar o preço do combustível nas próximas semanas. Já o preço da gasolina, no entanto, por ora não seria alterado.
O reajuste do diesel viria em um momento de alta defasagem dos preços praticados no Brasil em comparação com o exterior. A Petrobras não altera a cotação do combustível desde 2023. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel é comercializado R$ 0,65 mais barato no litro, e a gasolina R$ 0,23 mais barata.
A indicação de inflação nos combustíveis ocorre num momento complicado para o governo, que busca maneiras de reduzir os impactos da alta do preço dos alimentos sobre a população. Por outro lado, o alívio no câmbio nos últimos dias, com a o recuo da cotação do dólar em relação ao real, pode ajudar a aliviar o cenário inflacionário.
Etanol
Para os motoristas com veículos flex, uma saída poderia abastecer com o etanol. Entretanto, em poucos estados esta alternativa está compensando. E Goiás não está entre eles, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
O combustível mostra-se atualmente mais competitivo em relação à gasolina no Distrito Federal (69,83%) e em 5 estados: Acre (69,58%), Mato Grosso (64,63%); Mato Grosso do Sul (66,23%); Paraná (69,75%) e São Paulo (67,11%).
