O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a safra mundial de soja em 2023/24 em 398,88 milhões de toneladas, uma ligeira redução em relação à previsão anterior de 400,42 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a projeção para a safra de soja permaneceu inalterada em 112,4 milhões de toneladas. No entanto, para o Brasil, o USDA reduziu a estimativa para 161 milhões de toneladas, cortando 2 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a produção agrícola para a safra 2023 está prevista em 32,9 milhões de toneladas. Isso significa aumento de 20,7% em relação à safra de 2022. Só a produção de soja atingirá 16,7 milhões de toneladas, 11,2% superior à safra 2022.
Entretanto, para 2024, o cenário é de queda. A safra agrícola goiana deve recuar 5,8%. E não será o único estado brasileiro a sofre redução. Outros também: Mato Grosso (-14,6%), Paraná (-1,4%), em Goiás (-5,8%), Mato Grosso do Sul (-6,1%), Minas Gerais (-7,0%), Santa Catarina, Tocantins (-6,4%), Rondônia (-9,2%), São Paulo (-3,6%), Bahia (-9,3%), Maranhão (-1,3%), Piauí (-3,2%) e Sergipe (-7%).
Clima
De acordo com Rafaela Debiasi, especialista em investimentos para o segmento agro, o plantio da safra 2023/24 de soja no Brasil estava em 90,9% da área estimada de 45 milhões de hectares até a última atualização. “Embora esse número represente um progresso em relação ao mês anterior, ainda está abaixo dos níveis do ciclo passado e da média histórica das últimas cinco temporadas”, afirma.
Segundo a especialista, o clima desempenha um papel significativo na produção de soja no Brasil. “O excesso de chuvas no Sul e a falta de umidade no Centro-Norte do país têm afetado a produtividade da safra. Essas condições climáticas adversas resultaram em replantio em várias áreas, contribuindo para a redução da estimativa de produção”, explica.
Outro ponto importante mencionado por Rafaela é que a China, um dos maiores importadores de soja do mundo, deverá importar 102 milhões de toneladas em 2023/24. “É um aumento em relação às 100 milhões de toneladas estimadas anteriormente. Isso indica uma demanda crescente por soja no mercado chinês”, frisa.
Leia também: Tecnologia: 5 tendências para o agronegócio