A cúpula do PSDB em Goiás ameaçou se aliar à algum grupo da oposição para a eleição deste ano, mas deve permanecer mesmo na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Avaliou que as perdas seriam maiores que possíveis ganhos de romper com a base governista. Principalmente, para a eleição e reeleição de seus candidatos a deputados estaduais e federais.
O objetivo agora do partido é tentar viabilizar dentro da base governista uma candidatura ao Senado do deputado estadual Lissauer Vieira, presidente da Assembleia Legislativa. O parlamentar pressionou até o limite de um rompimento para que fosse escolhido como candidato oficial (e único) na chapa de Caiado.
Os pessedistas abriram diálogo com Gustavo Mendanha (Patriota), Vitor Hugo (PL) e Marconi Perillo (PSDB). O foco maior foi com os dois primeiros, por apoiarem a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), algo que interessa para o projeto eleitoral de Lissauer. Mas, as suas chapas já têm pré-candidatos ao Senado. E descartaram mudança. Já o ex-governador tucano está em negociação com o PT do ex-presidente Lula para viabilizar sua própria candidatura ao governo de Goiás.
Expectativa x realidade
Outra dificuldade para o PSD é que o governador não cedeu às pressões do partido. Já está decidido que haverá mais de um candidato ao Senado na sua base. Devem ser confirmadas as candidaturas do deputado federal Delegado Waldir (União Brasil), que lidera as pesquisas de intenção de votos, o presidente estadual do PP, Alexandre Baldy, e o próprio Lissauer Vieira.
O Palácio das Esmeraldas também avisou ao PSD que, caso o partido fosse para a oposição, perderia todo o apoio para suas chapas proporcionais. A decisão, então, era esperada: recuar e agora negociar (com uma desvantagem maior) apoios na base governista para viabilizar a candidatura de Lissauer, que ainda não decolou nas pesquisas.
Aliás, como informa nesta sexta-feira (29/7) o jornal O Popular, o presidente da Assembleia Legislativa voltou ontem a ter encontros com lideranças da base caiadista. Entre elas, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, que será vice na chapa de Caiado.