Embora ainda não fechou as portas para uma aliança em Goiás que resulte em apoiar uma candidatura ao governo estadual que não seja do partido, o PT decidiu montar uma estrutura de pré-campanha para o seu pré-candidato a governador Wolmir Amado, ex-reitor da PUC Goiás. A decisão foi tomada em reunião recente da cúpula estadual petista.
A presidente estadual do PT, Kátia Maria, também colocou seu nome à disposição do partido para uma candidatura ao governo de Goiás. Ela já disputou a eleição estadual de 2018, quando recebeu 9,1% dos votos goianos. Na capital, teve 8,8% dos votos.
Mas a decisão majoritária do PT, com forte influência do deputado federal Rubens Otoni, é de apostar numa pré-candidatura de Wolmir Amado e a professora Kátia deve ser candidata a deputada federal ou estadual pelo partido. Caso os petistas façam uma aliança que tenha de ceder a cabeça de chapa, o ex-reitor será o nome para a vice-governadoria.
O PT tem diálogo com o prefeito Gustavo Mendanha (sem partido), que ainda não anunciou em qual partido vai filiar, mas tem conversado também com o grupo que apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). A exigência dos petistas é basicamente uma: que o seu candidato ao governo de Goiás apoie a candidatura do ex-presidente Lula.
Há uma corrente entre as lideranças de oposição de que, estrategicamente, é importante lançar duas ou mais chapas competitivas contra Ronaldo Caiado (União Brasil), pré-candidato a reeleição. Objetivo: garantir um segundo turno em Goiás, quando todos da oposição se uniriam em torno do nome que for disputar com o governador.