Da porta para fora, o ex-presidente Lula e a cúpula do PT evitam fazer campanha ostensiva pelo voto útil entre os eleitores do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Nos bastidores, porém há um trabalho intenso para isolar e desidratar o pedetista, terceiro colocado em todas as pesquisas eleitorais, mas longe de Lula e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a revista Veja, na avaliação dos petistas, absorver ao menos parte dos votos de Ciro garantiria a vitória no primeiro turno e ainda permitiria eleger uma bancada robusta.
Bancada bolsonarista
Pelo menos no Senado, quem aparece com mais chances de ampliar sua bancada é o atual governo, informa o jornal O Globo. Candidatos do PL, partido do presidente Bolsonaro, e do PP, principal sigla do Centrão, lideram no número de candidatos nos estados, com 17 e 14, respectivamente. MDB e PSD têm hoje as maiores bancadas no Senado, que tem servido de freio a uma série de projetos da Câmara dos Deputados, controlada com mão de ferro por Arthur Lira (PP-AL) e aliado do Palácio do Planalto.
Votos evangélicos
A primeira-dama Michelle Bolsonaro parece ter chamado para si a tarefa de consolidar o apoio evangélico ao marido. Ontem, informa o portal Metrópoles, durante culto com a presença do casal em Belo Horizonte, ela voltou a classificar a eleição como uma luta “entre o Bem e o Mal”. Michelle chegou a dizer que o Palácio do Planalto foi “consagrado a demônios” nos governos anteriores.
Sete de Setembro
Jair Bolsonaro mudou o discurso em relação às manifestações do Sete de Setembro. Na convenção do PL, ele havia afirmado que o desfile militar no Rio aconteceria em Copacabana, mas o prefeito Eduardo Paes (PSD) manteve a parada no Centro, diante do túmulo do Duque de Caxias. A apoiadores, o presidente diz agora que estará “às 17h em Copacabana” sem associar a manifestação ao desfile oficial.
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