A quantidade de empresas em recuperação judicial no Brasil continua a subir. No fechamento do primeiro trimestre de 2024, 4,2 mil companhias estava sob a tutela da Justiça para renegociar dívidas com credores.
A alta é de 3,9% em relação ao último trimestre de 2023, segundo dados da consultoria RGF & Associados, divulgados pelo jornal Valor.
O Monitor mostra que 1,87 a cada mil corporações de pequeno, médio e de grande porte passava por reestruturação, de um universo de 2,3 milhões. Essa proporção é a maior desde que a RGF começou a compilar os números, no segundo trimestre de 2023.
Goiás
O índice é pior na região Centro-Oeste: 3 a cada 1 mil empresas enfrentavam o processo judicial. Ainda pior no Estado de Goiás, em que o número chega próximo a 5.
A localização não é coincidência. Dentre os cinco segmentos com maior dificuldade financeira, três se referem a atividades relacionadas ao setor do agronegócio, tradicionalmente forte na região. Como o cultivo de cana-de-açúcar, que lidera com 29 empresas em recuperação a cada mil.
Em seguida, os maiores índices são a fabricação de laticínios (15,88), construção de rodovias e ferrovias (15,05), transporte coletivo municipal (15,03) e cultivo de soja (11,83).
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