Após críticas do setor produtivo, o governo aumentou o corte e o Imposto de Renda para empresas deve cair dos atuais 15% para 2,5% até 2023. O novo relatório da reforma foi apresentado ontem pelo relator Celso Sabino (PSDB-PA). Esse corte deve ser feito em duas etapas: na primeira etapa, a alíquota cairá de 15% para 5% no ano que vem, e em 2023, será reduzida para 2,5%. Enquanto para as empresas com lucro acima de R$ 20 mil a alíquota cairá de 25% para 12,5%. O relator também retirou a taxação de 15% sobre os rendimentos de fundos de investimentos imobiliários (FIIs).
Sem detalhar, essa diminuição no IR das empresas será compensada com corte de subsídios que vai atingir 20 mil empresas. E segundo o relator, o saldo final será uma redução de R$ 30 bilhões na arrecadação federal. O texto, no entanto, manteve alguns pontos criticados, como a taxação de 20% na distribuição de lucros e dividendos e restrição à possibilidade da declaração simplificada. A nova proposta ganhou apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Já o projeto que unifica PIS e Cofins em um novo tributo (a CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços) foi entregue em julho de 2020 e até hoje não avançou. Com o recesso no Congresso Nacional, a análise da primeira etapa da reforma tributária do governo foi adiada para agosto.