A taxa de desemprego voltou a subir e chegou a 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, em um mercado de trabalho que mostra sinais de desaceleração. Embora continue resiliente, com números recordes de carteira assinada e rendimento.
O dado divulgado nesta sexta-feira (28/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)) mostrou alta em relação à taxa de 6,1%, registrada no trimestre imediatamente anterior, até novembro. É a leitura mais elevada desde julho de 2024, quando também foi de 6,8%.
Ainda assim, igualou a marca mais baixa para trimestres encerrados em fevereiro, que havia sido registrada em 2014 (7,8%).
Economia
Analistas apontam que o mercado de trabalho brasileiro deve acompanhar o enfraquecimento esperado da economia este ano. E apresentar uma desaceleração gradual, ainda que permaneça em níveis baixos para seu padrão histórico.
Nos três meses até fevereiro, o número de desempregados aumentou 10,4% sobre o trimestre imediatamente anterior, alcançando 7,472 milhões. Mas ainda marca uma queda de 12,5% sobre o mesmo período do ano passado.
A baixa taxa de desemprego vem ajudando a sustentar a renda e a atividade econômica. Mas, por outro lado, dificulta o controle da inflação, destacadamente a de serviços, uma preocupação do Banco Central.
O rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série do IBGE iniciada em 2012: R$3.378, alta de 3,6% no ano.