Vai perdendo cada vez mais espaço a ideia de apoiadores do ex-governador João Doria (PSDB) de levar para a Justiça a escolha de uma candidatura única da terceira via. “Vamos dialogar primeiro”, disse Doria. O movimento seria resultado do crescente isolamento dele dentro do partido, cujo sinal mais claro foi a falta de apoio do atual governador paulista, Rodrigo Garcia, que foi vice de Doria e agora concorre à reeleição.
Na semana passada Garcia defendeu uma candidatura única de PSDB, MDB e Cidadania, mas não a condicionou ao nome de Doria.
O ex-governador se reúne hoje (23/5), em São Paulo, com o presidente do partido, Bruno Araújo, e com os líderes na Câmara, Adolfo Viana, e no Senado, Izalci Lucas. Eles vão tentar mais uma vez convencê-lo a abrir mão da candidatura em favor da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Doria diz que pretende “ouvir mais que falar” no encontro, defende a candidatura única só seja sacramentada em julho, nas convenções partidárias, e cobra a apresentação da pesquisa que teria norteado a escolha de Tebet.
Segundo o levantamento do Ipespe divulgado na sexta-feira (20/5), a senadora, com 2% das intenções de votos, está tecnicamente empatada com Doria, que tem 4%. O que os separa de fato é a rejeição: 37% dos ouvidos não votariam em Tebet sob hipótese alguma, contra 53% que não admitem dar o voto ao ex-governador.
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