Em Goiás existiam 9,6 mil empresas do setor cultural em atividade em 2019, que representavam 5% do total de todas as empresas no Estado. Dez anos antes, em 2009, representavam 6,1%. Em 2020, mais um dado negativo: com a pandemia da Covid-19 e as medidas de restrição econômica, o setor eliminou 24,5 mil postos de trabalho, um recorde na série histórica do IBGE, que divulgou hoje (8/12) os novos dados da atividade cultural no Estado.
Em uma década, o livro e imprensa (jornais) foram o domínio no setor cultural em Goiás. Mas o número de empresas neste segmento caiu, com a redução de 598 unidades (-28,4%). O setor de esporte e recreação perdeu 190 empresas no Estado, queda de 45,9% no segmentor. Por outro lado, o segmento de design e serviços criativos ganhou 942 empresas (aumento de 116%) na comparação entre 2019 e 2009 em Goiás.
No ano passado, o setor cultural goiano empregava 137 mil trabalhadores, 15,1% a menos que em relação a 2019, quando o setor ocupava 162 mil pessoas. A pandemia de Covid-19 teve forte efeito na ocupação e o setor cultural perdeu mais postos de trabalho em comparação com o total, 8,8% a menos (de 3,4 milhões para 3,1 milhões de pessoas). O salário médio mensal era de R$ 2.115 em 2020.
A despesa média mensal das famílias com cultura (em 2019, antes da pandemia, convém frisar) foi de R$ 271,32, pouco abaixo da média nacional (R$ 291,18). Esse total corresponde a 7,7% da média de despesa por aquisição.