O vice-governador Lincoln Tejota (Cidadania) amenizou o tom que vinha adotando nos últimos dias quando questionado sobre a formação da chapa governista para 2022 e disse, em entrevista à rádio Sagres 730, que considera natural a cobiça pelo cargo que ocupa atualmente. Tejota garante que não está se movimentando agora para assegurar seu lugar, diz que está focado em ajudar a gestão, mas é fato que ele tem se movimentado e mobilizado nas últimas semanas lideranças que formam sua base de apoio para conter a ofensiva de outros grupos.
“Todos aqueles partidos que quiserem entregar um estado como nós que queremos, que cresce, que olha e acolhe o cidadão, são bem-vindos. Agora, eu particularmente, prefiro deixar essa discussão, se vai ser vice ou não vai, até porque a questão do vice é uma escolha do governador. Na eleição passada vários se lançaram para vice e eu era candidato a deputado federal, mas naquele momento, Caiado viu potencial e me convidou”, afirmou Tejota. No mês passado, o vice-governador chegou a afirmar que quem quisesse sua vaga que fosse à luta e fez críticas a ex-adversários que agora se aproximam do governador.
Dois nomes têm sido mais citados para compor a vice na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM): o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), e o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela. Lissauer trabalha de olho na possibilidade praticamente desde que se iniciou o atual mandato e tem sido um dos mais fieis deputados da base caiadista. Daniel Vilela não admite a possibilidade, mas é fato que já conversou com Caiado sobre isto e prefeitos do MDB defendem a aliança. Grupo de ex-emedebistas composto pelo deputado federal José Nelto e pelos prefeitos Paulo do Vale (Rio Verde) e Adib Elias (Catalão) também começou a se articular para participar das negociações sobre a formação da chapa. A disputa promete.