A cúpula do PSDB em Goiás passou a defender que o ex-governador tucano Eduardo Leite (RS) assuma a pré-candidatura do partido ao Palácio do Planalto, com a desistência de João Doria. Presidente do PSDB em Goiás, o ex-governador Marconi Perillo disse ao jornal O Popular que a desistência de Doria foi uma “demonstração de altruísmo, de amor ao partido e ao Brasil.” Para ele, ao tomar essa decisão, o paulista “deixa os partidos de centro mais livres”.
Questionado se apoia a pré-candidatura de Simone Tebet (MDB), porém, Marconi Perillo afirmou que fica “dentro da solução partidária”. “Apoiei Doria até a última hora, e apoio que Eduardo Leite seja candidato. É jovem, leve, e é o candidato natural do partido”. O ex-governador disse na semana passada, na visita de Doria em Goiânia, que não apoiaria outro nome para presidente da República fora dos quadros do PSDB, numa clara sinalização de rejeição ao nome da senadora Simone Tebet (MDB-RS).
O nome de Eduardo Leite sempre foi, inclusive, o que teve maior preferência na militância em Goiás (relembre aqui). Havia uma grande queixa com o ex-governador paulista. Com exceção de Marconi Perillo, que declarou antecipadamente apoio para João Doria, nas prévias do PSDB.
Numa das agendas de Doria em Goiânia no ano passado, em encontro regional do PSDB, ele foi muito cobrado por ter nos quadros do governo paulista goianos que apoiavam a reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB), como Henrique Meirelles e Alexandre Baldy. O ex-governador paulista disse que as nomeações foram técnicas e não políticas e manteve os dois no seu secretariado.