A decisão do governador gaúcho Eduardo Leite de permanecer no PSDB e renunciar o cargo para disputar as eleições deste ano é a certeza, entre os tucanos, de um novo embate com o governador paulista e pré-candidato a presidente João Doria. “Não estou saindo. Estou me apresentando”, disse Leite, que já perdeu as prévias no partido para o colega paulista.
Leite espera que Doria abra mão da candidatura, por não crescer nas pesquisas eleitorais. Nas tratativas para ficar no PSDB, Leite ouviu de adversários de governador paulista, do grupo do deputado Aécio Neves, que Doria vai abrir mão da candidatura.
Eduardo Leite já pôs até um vídeo de campanha no ar. “Vou renunciar ao poder para não renunciar à política”, afirma. “O mundo vive hoje com Macron ,na França, Trudeau, no Canadá, com Jacinda Arden, na Nova Zelândia, com Zelenski, na Ucrânia, uma mudança geracional na política.” O tucano, que deseja a vaga de Doria, promete “uma nova agenda ambiental e social”.
Mas, Doria tem repetido que, para retirar a sua candidatura, só se for um ‘golpe’ da ala aecista do PSDB. No domingo (27), ele afirmou que a articulação de parte minoritária de integrantes do PSDB que querem tirá-lo da disputa presidencial na eleição de 2022 é uma ‘tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar’ o partido.”
Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso posto ontem no Twitter: “As prévias do PSDB foram realizadas democraticamente. Assim sendo, penso que devem ser respeitadas.”