Mais de 3 milhões de crianças no Brasil já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, segundo dados do consórcio de veículos de comunicação. O número fechado é de 2.946.800, o que representa 14,37% da população entre cinco e 11 anos. Mas o total é maior, uma vez que apenas 15 estados (BA, CE, ES, GO, MS, PA, PE, PI, RN, RO, RR, RS, SC, SP e TO) e o Distrito Federal divulgam separadamente a imunização de crianças. Ao todo, 151.067.205 brasileiros estão com a cobertura vacinal completa, o que equivale a 70,02% da população.
Em Goiás foram 30.914 doses aplicadas até o momento na faixa etária de 5 a 11 anos, alcançando apenas 4,2% do público estimado pelo IBGE. Os números da Secretaria de Saúde colocam o Estado na 15ª posição do ranking nacional de vacinação do País e podem indicar necessidade de rever as estratégias de imunização infanto-juvenil. Desde o início da pandemia, 43 óbitos foram confirmados em menores de 10 anos de idade em Goiás.
Na avaliação da infectologista e epidemiologista Luana Araújo, a cobertura vacinal no País parece ter “chegado em um platô” na faixa de 70%. Segundo ela, uma parcela da população que não compreende a importância das vacinas está “sucumbindo tanto à doença quanto às consequências nefastas dela”. A situação é grave porque, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o País ainda não atingiu o pico de infecções pela ômicron. Nas redes sociais, ele conclamou as pessoas a se vacinarem.
O avanço da variante ômicron em Goiás está causando uma situação bastante crítica nos leitos de UTI destinados ao tratamento da doença. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, no sábado (05/02), 207 leitos de UTI estão ocupados. O número corresponde a 85,9% de ocupação. Para efeito de comparação, Goiás possuía apenas 60 pessoas internadas em dezembro de 2021.
O Ministério da Saúde confirmou cinco pessoas com a BA.2, a subvariante da ômicron que se tornou dominante na Dinamarca e se espalha pela Europa. Dois casos foram identificados em São Paulo, dois no Rio e um em Santa Catarina. Segundo nota do ministério, a BA.2 não tem impacto sobre a eficácia das vacinas.