Começam pipocar várias ideias e projetos para aumentar a segurança nas escolas, especialmente com a escalada da violência nos últimos meses. Entretanto, muitas destas ideias são repetitivas e já se mostraram inviáveis. É o caso de obrigar a instalação de portas com detector de metais. Donos dos estabelecimentos de ensino afirmam que, além do custo elevado, o equipamento causará mais transtornos do que resultados.
O vereador Geverson Abel (Avante) apresentou nesta quarta-feira (12/4) projeto de lei para criação do Programa Escola Segura em Goiânia. Visa à implementação de medidas de combate e prevenção à violência em escolas públicas e privadas da capital. Entre as exigências do seu projeto, está instalação de detectores de metais e de aparelhos de raio-X nas unidades educacionais.
“Para ter ingresso na escola, qualquer pessoa, sem exceção, estará condicionada à passagem por detector de metais e à inspeção de seus pertences em aparelho de raio-X. Sem a vistoria, não será permitido acesso às dependências da escola”, diz o vereador. Curiosamente, ele diz que a medida não vai resolver o problema. “Acredito que mais de 80% dos problemas serão resolvidos, o que é um grande avanço”, frisa.
Segundo donos de escolas ouvidos pelo ENTRELINHAS GOIÁS, muito longe disto. Além de detector de metal na porta das escolas, seria preciso criar uma zona de proteção em torno dela. Para evitar que armas brancas ou até mesmo de fogo sejam inseridas nas escolas por outro meio, como jogar por cima do muro, por exemplo. Além disso, afirmam, seria preciso alterar o horário de entrada e saída de todos os colégios da capital, uma vez que portas com detector de metal iriam causar longas filas nestes horários de picos.
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