Os deputados estaduais da oposição cobraram nesta terça-feira (21/6) a instalação da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa de Goiás. “Teremos o prazer de investigar e trazer os envolvidos para prestarem depoimento”, disse Paulo do Trabalho (PL).
Ele frisou que o caráter da comissão “é investigativo e não punitivo”. “Quem não deve não teme. Se não deve, que venha, apresente os dados solicitados. Se não houver nada de errado, nada será constatado”, afirmou.
O deputado Major Araújo (PL) questionou a atuação de Organizações Sociais na área pública em Goiás. Defendeu que sejam colocados em prática os trabalhos da CPI para investigar a atuação das OSs na rede hospitalar do Estado.
A CPI foi instalada na Assembleia há duas semanas por um vacilo da base governista, que depois reagiu e evitou que os deputados da oposição permanecessem no comando dos trabalhos.
A comissão ainda não foi composta e será formada por indicação de representantes dos partidos. Para garantir o controle dos trabalhos, a base governista destituiu a composição inicial e exigiu que fosse obedecida a regra de proporcionalidade partidária com representação na Assembleia Legislativa.
Agora a estratégia da base governista é protelar o máximo o início dos trabalhos e dar a vida mais curta possível para a CPI. Que, por prazo legal, tem 90 dias de trabalho, podendo ser prorrogados por igual tempo. O objetivo governista é evitar que as investigações entrem no período da campanha eleitoral.
A estratégia é comandada pelo presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), e pelo líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB). O deputado emedebista afirmou hoje que, quando a CPI for aberta, em apenas quatro dias ele vai entregar o relatório.