Os bastidores sobre a disputa eleitoral para prefeito de Goiânia ganharam nesta semana novos ingredientes e um duelo em particular: Bruno Peixoto (UB) x Vanderlan Cardoso (PSD). O primeiro é presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e pré-candidato declarado a prefeito da capital. O segundo é senador e ainda não confirmou se vai disputar pela terceira vez a eleição em Goiânia.
Embora não confirme sua pré-candidatura, Vanderlan tem feito acenos nas últimas semanas ao governador Ronaldo Caiado (UB) por uma nova aliança na capital. Nada explícito, claro. Vale lembrar que o senador foi apoiado pelo governador na eleição de 2020, quando ele perdeu para Maguito Vilela (MDB) no segundo turno. Dois anos depois, Vanderlan não apoiou a reeleição de Caiado para governador.
Ferida
Bruno Peixoto tocou na ferida ainda aberta para muitos caiadistas: “Vanderlan alterna muito de grupo político e eu não acredito que cumprirá compromissos para o futuro. Penso que teria de ser uma aliança apenas de 2024, sem esperar acordo para 2026. Mas acatarei integralmente a decisão do governador. Se ele definir Vanderlan, vou de casa em casa pedir votos”, disse o deputado ao jornal O Popular.
Ao dizer que a aliança seria apenas para 2024, ou seja, apenas de interesse de Vanderlan, Bruno Peixoto deixa a entender que Ronaldo Caiado nem Daniel Vilela (MDB), vice-governador e pré-candidato ao governo estadual, devem esperar reciprocidade do senador em 2026. Eleito ou não prefeito de Goiânia.
Reação
Vanderlan Cardoso rebateu. “Sobre acordo de 2020 para 2022, não foi eu que descumpri. Em hora nenhuma eu disse que sou candidato (a prefeito de Goiânia). Vou decidir em 2024. Talvez priorize candidatura à reeleição ou ao governo em 2026. O pré-candidato Bruno Peixoto tem que cuidar da vida dele e da Assembleia Legislativa, do trabalho que ele se dispôs a fazer. Já, já, ele vai ter que dar explicações do tanto de gasto na Assembleia”, disse também para O Popular.
Primeiro, o senador tenta mostrar que ele cumpre acordo político, embora não cita quem o descumpriu. Depois, deixa no ar que pode ser candidato a governador em 2026, caso não dispute a eleição para prefeito de Goiânia. Ou seja: pode vir a ser adversário de Daniel Vilela. E, para finalizar, insinua que tem artilharia contra a gestão de Bruno Peixoto na Alego.
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