O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu com preocupação a segunda nota técnica sobre o projeto da reforma tributária. O documento, elaborado pelo grupo de trabalho liderado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), retoma críticas à matéria, que teve a primeira versão do relatório divulgada pelo senador Eduardo Braga (MDB/AM), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo o jornal O Popular, emendas apresentadas por senadores goianos, Vanderlan Cardoso (PSD) e Jorge Kajuru (PSB), não atenderam a pontos de crítica de Caiado e a nova nota técnica critica supostas “falhas” na forma como deve funcionar a transição para a cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Para a PGE, o discurso de simplificação prometido na proposta não se cumpre e o novo tributo gerido por estados e municípios, para substituir ICMS e ISS, “além de não resolver os problemas existentes no sistema tributário, tem alto potencial de ampliá-los”.
O governador, que está em Brasília desde terça-feira (23/10), adiou o retorno a Goiânia após a divulgação do relatório da reforma tributária na CCJ do Senado. Decidiu estudar o texto em quarto do hotel onde tinha acabado de participar do VI Fórum Nacional do Comércio.
Crítico à reforma desde o princípio, Caiado disse após leitura inicial que o relatório ficou “pior que a encomenda”. Caiado afirmou em palestra que, a depender do texto que for aprovado pelo Congresso Nacional, vai ser o primeiro a questionar a reforma tributária no STF.
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