A Polícia Federal acredita já ter a conexão entre a ideia de golpe, tratada numa reunião ministerial em julho de 2022, e a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2022.
A principal ligação seria uma mensagem do general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), enviada em 27 de dezembro, após a eleição.
Respondendo a uma pergunta de um assessor de Bolsonaro sobre um currículo, o general escreveu “se continuarmos, poderia enviar para a Sec. Geral”, dando a entender que via a possibilidade de o então presidente permanecer no poder, mesmo derrotado nas urnas.
Além disso, Braga Netto, segundo as investigações, se empenhou em pressionar militares que não aceitavam aderir a uma tentativa de golpe.
Delação de Cid
A defesa de Bolsonaro voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal que libere o acesso à delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Os advogados também querem acessar o conteúdo dos celulares apreendidos na operação que investiga o planejamento de um golpe de Estado, alegando que sem isso fica prejudicado o “exercício pleno da ampla defesa”.
O ex-presidente e vários ex-ministros e assessores depõem nesta quinta-feira (22/2) à PF. O quartel-general do Exército em Brasília já prepara um alojamento no Comando Militar do Planalto para uma eventual prisão de Bolsonaro, generais e oficiais de alta patente.