A vice de Daniel Vilela (MDB) para a eleição estadual de 2026 é uma das candidaturas mais cobiçadas atualmente no meio político goiano. O vice-governador assumirá o comando do Palácio das Esmeraldas daqui a um ano e disputará a reeleição em outubro de 2026.
Daniel tem liderado as mais recentes pesquisas de intenção de votos para o governo de Goiás. Caso seja reeleito no ano que vem, não poderá disputar novamente o governo em 2030. Ou seja: a sua vice na chapa será um bom caminho para quem almeja se tornar governador do Estado.
Interessados na vaga não faltam. A começar dentro do próprio governo de Ronaldo Caiado (União Brasil). O nome mais citado, no momento, é o do secretário Adriano Rocha Lima (Governadoria), embora ele garanta que não tem projeto eleitoral. Entretanto, a disputa é maior dentro da base governista.
Base aliada
Há movimentação de lideranças políticas do Entorno do Distrito Federal, especialmente de prefeitos reeleitos no ano passado, e da Região Sudoeste (mais precisamente de Rio Verde). Inclusive, uma forte liderança do agronegócio cobrou recentemente do governador Caiado e de Daniel Vilela a vaga para o setor. Claro, pensando em seu próprio nome.
Outra liderança política que também tem se movimentado é o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil). Ele tem usado o poder da Casa para montar uma forte estrutura política, principalmente no interior do Estado. Oficialmente, se apresenta como pré-candidato a deputado federal. Mas também cobiça a vice de Daniel.
Outro nome sempre citado para a vice de Daniel é o do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), embora ele possa disputar também o Senado em 2026.
Está também em pleno curso a estratégia de desidratar o senador Wilder Morais, presidente estadual do PL e pré-candidato a governador. A maior parte dos prefeitos eleitos e reeleitos pelo partido em 2026 caminha para aderir à base de Caiado e Daniel. O que, embora seja algo ainda tido como muito improvável, pode levar o PL para a chapa majoritária. Principalmente para a segunda vaga ao Senado (uma já é da primeira-dama Gracinha Caiado, do União Brasil).
Existem outros partidos importantes para Daniel acomodar também na sua aliança em 2026, como o PSD e o Progressistas (PP). E ainda há a real possibilidade de surgirem novas federações neste ano, como entre o União Brasil e o PP, que devem alterar o cenário político e eleitoral (alianças) em Goiás e no Brasil.
Decisão
A decisão final, claro, caberá a Daniel Vilela e Ronaldo Caiado. E nenhum dos dois pretende antecipar isto para antes do primeiro trimestre de 2026. Há muito para acontecer nos próximos meses. Inclusive, avaliar o avanço da pré-candidatura presidencial de Caiado.
Algo é praticamente unanimidade na base aliada em Goiás: Daniel Vilela tem a faca e o queijo na mão para se reeleger governador em 2026, embora não exista eleição garantida. A começar pelo apoio de Ronaldo Caiado. Entretanto, o atual vice-governador terá de costurar muito, inclusive para uma meta entre palacianos de ganhar a eleição estadual ainda no 1º turno.
E, claro, contar com um vice em que Daniel Vilela possa confiar.