O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve deixar o PSDB e filiar no PSD. A mudança está prevista para ser oficializada em 6 de maio, em Porto Alegre. Entretanto, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que ainda há expectativa de manter o governador no partido.
Os tucanos elegeram três governadores em 2022. Mas se Leite deixar o partido, ficará apenas com Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul. A governadora Raquel Lyra, de Pernambuco, já foi para o PSD em março.
O avanço das tratativas entre Leite e PSD já circula entre prefeitos e vice-prefeitos tucanos no Rio Grande do Sul. Eles se mostram dispostos a seguir o governador em uma nova sigla. Efeito similar ao que ocorreu após Lyra trocar de partido em Pernambuco.
Na conversa com a direção nacional do PSD, não há qualquer garantia a Leite de que ele disputará a presidência da República. Em 2022, o partido chegou a oferecer chapa para ele se lançar à presidência, mas Leite optou por ficar no PSDB e concorreu à reeleição.
Racha no PSDB
Nas redes sociais, Eduardo Leite indicou que a sua permanência no PSDB depende do partido: “Em respeito à história que construímos juntos, qualquer decisão sobre meu futuro partidário será tomada apenas após a conclusão desse processo interno, que terá um desfecho até o fim do mês de abril”, escreveu.
A presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, Paula Mascarenhas, disse que o governador esperava uma decisão concreta sobre uma eventual federação partidária ou fusão do partido com outras legendas.
Mas as tentativas de fusão ou federação seguem travadas, principalmente por conta dos embates internos, como a disputa entre o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e o deputado federal Aécio Neves (MG).
Marconi disse que o governador gaúcho não tomaria “nenhuma decisão antes da decisão” do próprio PSDB sobre formar uma federação ou fusão com outras siglas.