Os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania prometem anunciar em 18 de maio o nome de um candidato de consenso à presidência da República para as eleições de outubro. A decisão foi tomada numa reunião ontem (6/4) entre os presidentes dos quatro partidos, respectivamente, Luciano Bivar, Baleia Rossi, Bruno Araújo e Roberto Freire. Eles também convidaram “outras forças políticas democráticas” para aderir à iniciativa.
O principal critério, como sempre, para a escolha do nome será pesquisa eleitoral. E elas hoje mostram que a terceira via tem minguado cada vez mais no Brasil. O União Brasil tem agora o melhor nome colocado nas pesquisas depois de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz Sérgio Moro. Mas, por conta de interesses regionais de suas lideranças, já o queimou antes mesmo de considera-lo uma alternativa.
O PSDB tem a pré-candidatura do paulista João Doria, que não passa dos 3% nas pesquisas e, até por isso, ainda não despertou entusiasmo nem mesmo dentro do seu partido. O MDB tem a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS), sempre vista mais como um possível (e bom) nome para a vice de uma chapa presidencial. E o Cidadania tinha a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE). Mas nem tem mais o senador, que virou tucano na janela partidária.
Correndo por fora, o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) tem se reunido com lideranças desta terceira via. Ontem, foi com a senadora Simone Tebet. Segundo ele, para “construir uma convergência” entre as legendas. Mas nega que esteja deslegitimando as prévias tucanas, vencidas por Doria. Embora ninguém acredita.
A decisão das lideranças de unir os maiores partidos da terceira via no Brasil é um importante passo na tentativa de quebrar a polarização eleitoral deste ano entre Lula e Bolsonaro. Mas, por ora, é apenas um passo.