No ano passado havia 234 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas em Goiás. Isto equivale a uma taxa de analfabetismo de 4%, segundo divulgou nesta sexta-feira (22/3) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE. Em relação a 2022, a taxa caiu 0,5 ponto percentual.
Nota-se que, em Goiás, assim como no Brasil, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2023, eram 146 mil analfabetos com 60 anos ou mais no estado. Isto equivale a uma taxa de analfabetismo de 14,2% para esse grupo etário. Em 2022 a taxa foi de 16,6%.
Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se a queda do analfabetismo para 7,5% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 4,9% entre aquelas com 25 anos ou mais e 4,0% entre a população de 15 anos ou mais.
Para as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é três vezes maior que a taxa para o grupo mais jovem. Esses resultados, segundo o IBGE indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças em Goiás.
Gênero e raça
Ao analisar a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 60 anos ou mais, nota-se que a taxa das mulheres é ligeiramente menor que a dos homens, sendo respectivamente de 14,0% e 14,4%.
Para essa faixa etária mais velha, observa-se uma redução da taxa de analfabetismo desde 2016, sendo de 11,0 pontos percentuais (p.p.) entre os homens e 9,6 p.p. entre as mulheres.
Na análise por cor ou raça, chama-se atenção para a magnitude da diferença entre pessoas brancas e pretas ou pardas. Em 2023, das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca, 3,4% eram analfabetas, percentual que se eleva para 4,4% entre pessoas de cor preta ou parda.
No grupo etário mais velho, 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcança 9,8% e, entre as pessoas pretas ou pardas, amplia para 17,6%.