O presidente Jair Bolsonaro confirmou o tom de sua campanha à reeleição diante de um Maracanãzinho lotado na tarde de domingo (24/7) no Rio de Janeiro. Foi onde o PL realizou a convenção nacional que homologou a candidatura do presidente, tendo o ex-ministro Walter Braga Netto como vice. Durante um discurso de cerca de uma hora, Bolsonaro conclamou seus apoiadores para irem às ruas “pela última vez” no dia 7 de setembro.
O alvo, mais uma vez, é o Supremo Tribunal Federal, a quem Bolsonaro se referiu como “esses poucos surdos de capa preta”, dizendo que os ministros do STF “têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Legislativo”. Ele também não poupou ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “bandido” e “ex-presidiário”.
Como prova de que não vai mesmo ouvir os pedidos de moderação da ala política, Bolsonaro ignorou um discurso mais leve preparado por um empresário da área de comunicação. Segundo Igor Gadelha, o texto havia sido revisado e aprovado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e por Braga Netto. Mas, para o presidente, o discurso “não tinha sua cara” e não agradaria a base. Ele falou de improviso.
No palanque
Bolsonaro não foi o primeiro a falar. A primeira-dama Michelle, que vinha resistindo aos apelos do PL para se integrar à campanha e atrair o voto feminino, abriu os discurso. Além de Michelle, estavam no palco, entre outros, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Junto a eles, o presidente garantiu que não houve corrupção em seu governo.
Duas ausências, porém, foram notadas: Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente. Ambos estão nos EUA, Carlos passeando com a namorada e Eduardo participando de um evento conservador.
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