O último Boletim Focus deste ano, divulgado nesta terça-feira (26/12), aponta que o mercado financeiro prevê que a inflação neste ano fechará em 4,46% e no próximo ano cairá para 3,91%. O boletim é divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), apresentando as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A estimativa do IPCA para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), já definida em 11,75% ao ano para 2023, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a Selic deve cair para 9% ao ano até o final de 2024. Ou seja: se as previsões do mercado se confirmarem, o Brasil deve encerrar o ano que vem ainda com uma taxa real de juros na casa dos 5% ao ano.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
PIB e dólar
A previsão do mercado para o Produto Interno Bruto se manteve estável pela segunda semana seguida, em 2,92% para 2023. Para 2024, o Boletim Focus projeta crescimento de 1,52%. A expectativa é de queda também para a cotação do dólar. A moeda norte-americana fechará 2023 em R$ 4,90. Para 2024, a expectativa é estável em R$ 5.