A Anvisa confirmou ontem os dois primeiros casos no Brasil da variante ômicron do coronavírus. A nova cepa foi identificada na semana passada por autoridades sanitárias da África do Sul. Os pacientes são um casal de missionários religiosos que não se vacinou. O homem chegou em São Paulo vindo do país africano no dia 23 de novembro, antes da notificação mundial sobre a variante, e apresentou um teste negativo. Mas, quando ele e a mulher tentaram voltar para a África do Sul, fizeram novos exames que deram positivo.
Análises feitas no Hospital Albert Einstein e no Instituto Adolfo Lutz confirmaram se tratar da ômicron. O casal está isolado em casa e apresenta até o momento sintomas leves da doença. Já são seis os casos suspeitos da ômicron no país, além dos dois confirmados: um também em São Paulo, um em Belo Horizonte e quatro no Distrito Federal.
Após uma reunião com a Anvisa, o Ministério da Casa Civil disse ontem que vai esperar “mais esclarecimentos” antes de tomar novas medidas contra a ômicron, como restrições mais rígidas à entrada de estrangeiros, em particular de países africanos.
A Universidade de Oxford, parceira da AstraZeneca no desenvolvimento de uma das vacinas contra covid-19 mais usadas no Brasil, disse ontem não haver ainda qualquer indício de que os atuais imunizantes não ofereçam proteção contra a ômicron. Ainda assim, ressaltou, as duas instituições estão prontas para atualizar rapidamente sua vacina.