O trânsito de Goiânia é o que causa menor impacto para os trabalhadores, especialmente os que estão em busca de emprego, entre as 20 cidades mais populosas do País. Pelo menos é o que aponta o estudo “Os Impactos Desiguais do Congestionamento Urbano no Acesso a Empregos”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O levantamento leva em conta o número de empregos acessíveis por automóvel em intervalo de 15 a 45 minutos de viagem. No período do pico da manhã e em fluxo livre, com base em informações históricas sobre a velocidade do tráfego a partir de dados de GPS.
O Ipea afirma que os congestionamentos são um problema persistente em grandes metrópoles e cada vez mais comum em médias e grandes cidades. Apesar disso, Goiânia, é o destaque positivo do levantamento, sendo a única cidade do estudo com índice de comprometimento menor que 1%.
Na capital goiana, o impacto é de 0,6%, seguida de Campo Grande (MS), com 2,1%, e São Gonçalo (RJ), com 3,2%. Já Brasília (DF) está entre as cidades com maior impacto do congestionamento, com 24,6% de redução no acesso ao emprego, ao lado de São Paulo (40,7%) e Rio de Janeiro (35,1%).
O resultado médio do estudo é de 23,5% de comprometimento para população de baixa renda e 5,5% para os mais ricos. Dentre os fatores apontados como impactantes para o comprometimento do acesso aos postos de trabalho estão falta de investimento em transporte público, viagens mais longas e demanda excessiva de automóveis.
Leia também: Estado vai antecipar renovação de concessões no transporte