Os hospitais das redes pública e particular de saúde estão sentindo o peso dos surtos de H3N2, dengue e chicungunha em diversas regiões de Goiás, que, somadas à Covid-19, têm deixado unidades de saúde abarrotadas desde a semana passada. A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) informou hoje que o volume de pessoas nos pronto-socorros dos hospitais associados supera o do final do ano passado, quando a pandemia da Covid-19 estava num patamar bem mais elevado.
Segundo a Ahpaceg, um hospital do Setor Bueno registrou um crescimento de cerca de 50% na demanda de dezembro em relação a novembro no pronto atendimento. O resultado tem sido unidades lotadas e demora no atendimento. Algo semelhante ao que vem ocorrendo na rede pública de saúde. Em Aparecida de Goiânia, havia ontem pacientes deitados no chão de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) à esperam da consulta, cuja demora poderia passar de 4 horas.
Diante deste cenário, a prefeitura anunciou hoje que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) vão atender também pacientes com síndromes gripais e suspeita de dengue. O Secretaria Municipal de Saúde afirma que registrou aumento de 32% na procura por atendimento nas UPAs. Na rede de saúde de Goiânia, segundo o jornal O Popular, também foram registradas ontem filas em algumas unidades de saúde, como nos cais Jardim Novo Mundo e Leste Vila Nova. Em Goiás, já são 61 casos de H3N2 confirmados, os casos de dengue somam mais de 46 mil este ano e há 331 confirmações de chicungunha.