O primeiro veículo elétrico para atender os usuários do Eixo Anhanguera chegou a Goiânia nesta sexta-feira (23/02). A maior linha do transporte coletivo da capital, existente há mais de 40 anos, não tinha a frota renovada desde 2011. Todos os dias é usada por cerca de 150 mil usuários.
Ainda neste ano, 80 ônibus elétricos vão ser incluídos no transporte coletivo da Grande Goiânia. Até 2026, serão 150. O modelo é biarticulado e possui autonomia de 200 quilômetros, com ar condicionado, câmeras de segurança e internet wi-fi.
“É algo que a população merece. Um veículo novo, moderno, que oferece conforto total para os passageiros”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.
As primeiras viagens serão para verificar a necessidade de alguma adequação na estrutura já existente na rota. “Vamos observar tudo quanto ao acesso dos passageiros e se alguma modificação precisa ser feita nos veículos ou nas plataformas”, frisou o governador.
Investimentos
O aporte de investimentos para o projeto é de R$ 1,6 bilhão, sendo R$1,2 bilhão somente para aquisição da nova frota, que prevê melhorias para todo o transporte coletivo da Grande Goiânia.
Ao todo, serão 1.170 novos ônibus climatizados até 2026, sendo 150 elétricos, que contemplarão também o Eixo BRT Norte-Sul e linhas alimentadoras. O aporte por parte do Poder Público será de R$ 400 milhões. Sem mudança na tarifa ao usuário, que permanecerá no valor atual de R$ 4,30.
O governo de Goiás também promete obras para revitalização dos terminais e 19 estações do Eixo Anhanguera. Além da construção e reforma de pontos de parada, instalação de câmeras de monitoramento e adequação nas garagens para recargas.
“A Metrobus será a primeira empresa brasileira com sua frota inteiramente eletrificada, graças ao apoio do Governo e das prefeituras”, afirmou o diretor-presidente da Metrobus, Francisco Caldas.
Reajuste
“É injusto e não resolve o problema estrutural do transporte coletivo na região” afirmou o governador Ronaldo Caiado sobre o reajuste no preço das passagens do transporte coletivo no Entorno do Distrito Federal, que passa a valer neste domingo (25/2).
O aumento de 8,56% foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo Caiado, vai na contramão de todo o esforço do governo de Goiás para reduzir o preço cobrado do usuário. “De Brasília a Planaltina, a tarifa vai custar quase R$ 23 no percurso de ida e volta. Se o usuário for 25 dias a Brasília, gastará mais de R$ 560 por mês. Como fica para o cidadão?”, questionou.
O secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, lembra que há mais de um ano o Estado vem tentando orquestrar uma solução com o governo federal. “É uma crise previsível, porém estamos de mãos atadas se o gestor do transporte na região, que é a União, não colaborar”, disse.
Já o senador Jorge Kajuru pediu ao ministro dos Transportes, Renan Filho, para que suspenda o reajuste em pelo menos 180 dias.
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