O setor industrial goiano não está otimista para 2023. Segundo previsões da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), a produção do setor deve repetir neste ano o mesmo resultado de 2022. Ou seja: crescimento de 2,5%, alavancado principalmente pelos segmentos de biocombustíveis, alimentos, extrativo e construção civil.
Já para o Produto Interno Bruto de Goiás (PIB), a área econômica da entidade aponta crescimento de 1% este ano, que deve ser inferior ao de 2022. A Fieg atribui tal previsão à situação das contas públicas nacionais, o que pode afetar a dinâmica da economia regional sob a ótica dos investimentos.
A expectativa é de que a inflação goiana fique em 4,5% e a nacional em 5,31%, mantendo-se acima da meta do governo (3,25%). O item transporte deve voltar a figurar entre os principais responsáveis, em razão da majoração do ICMS.
Com relação ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), a expectativa do setor industrial é de redução dos juros, mas alerta que o valor orçado para este ano (inferior ao de 2022) seja insuficiente para uma emergente demanda. A Fieg também alerta para a necessidade de revisão da lei para melhorar o processo, contribuindo para avançar na atração de investimentos para Goiás.
Brasil
Valorização do real, crescimento da produção industrial e recuperação do mercado de trabalho doméstico são as previsões da entidade para 2023. Essas perspectivas devem sustentar crescimento econômico nacional, juntamente com incremento das exportações, sobretudo considerando expectativa de safra recorde e retomada da economia chinesa.
No País, a atividade industrial deve crescer 1,4% com reabertura da economia chinesa, que já começa a flexibilizar restrições à política Covid-zero, e recuperação econômica doméstica. Já a recuperação do mercado de trabalho doméstico deve sustentar o crescimento econômico nacional somada ao incremento das exportações. Nas projeções da entidade, o real deve valorizar, mas em patamar moderado, colocando dólar de volta ao nível abaixo dos R$ 5,00.