O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) confirmou nesta semana a sua pré-candidatura à reeleição em Goiânia. Até então, ele disse que só tomaria a decisão em março, por estar envolvido com a administração municipal e por também achar que ainda precisava viabilizar o seu projeto eleitoral. Entretanto, uma declaração do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao jornal O Popular fez antecipar sua decisão.
Na semana passada, Daniel Vilela disse que, na sua opinião, seria melhor para Rogério Cruz anunciar que não seria candidato neste ano e, desta forma, ter condições políticas para se dedicar à administração da capital. Embora o vice-governador e presidente estadual do MDB afirmasse que o prefeito tem todo o direito de buscar a reeleição, deixou claro mais uma vez que este projeto não terá respaldo do seu partido.
Nesta segunda-feira (29/1), o próprio governador Ronaldo Caiado (UB) também deu a entender que talvez seria melhor para Rogério Cruz não sair candidato à reeleição. Não é a primeira vez que o governador aponta para a inviabilidade política do prefeito. Ao afirmar que a sua base teria candidato competitivo na capital, Caiado enfatizou que é necessário reconstruir a cidade e que desejava quebrar um tabu de governador não eleger prefeito de Goiânia. Apenas um conseguiu: Henrique Santillo, com a eleição de Nion Albernaz.
Dificuldades
Rogério Cruz sentiu o golpe. “Todos entendem que essas falas não fazem sentido nenhum. Eu sou o pré-candidato atual legítimo à Prefeitura de Goiânia e ninguém pode insistir em fazer ou não fazer”, disse ao jornal O Popular. “Acho que cada um tem os seus momentos. Eu estou no meu momento agora. Temos muitas entregas para fazer daqui até o final do ano, mas o momento de política é isso. Todo mundo sabe que, quando chega a época de política, as brigas começam”, frisou.
O prefeito de Goiânia passa por sérias dificuldades, tanto políticas como administrativas. Tem dificuldade de montar um grupo que lhe dê sustentação eleitoral. Recentemente, perdeu o apoio do marqueteiro Jorcelino Braga, que ficou apenas seis meses no grupo de Rogério Cruz. Também viu algumas lideranças políticas, inclusive do seu próprio partido, declararem apoio à outros pré-candidatos em Goiânia. Na área administrativa, embora tenha anunciado que sua gestão tinha R$ 1,7 bilhão em caixa para tocar obras, desde o final do ano passado luta para conseguir um empréstimo de R$ 700 milhões para concluí-las. Ainda sem êxito.