A máquina federal passa por um fase inédita de enxugamento: na média dos últimos três anos, apenas 11,6 mil novos servidores foram contratados — a menor taxa da série histórica de reposição dos que se aposentam. A diminuição se acentuou com a aprovação do teto de gastos, em 2015, e no governo Bolsonaro, que restringiu as contratações e congelou os vencimentos dos servidores.
Para o Banco Mundial, o Brasil não apresenta necessariamente um número excessivo de funcionários públicos na comparação internacional, mas o problema são as vantagens que eles têm em relação aos demais trabalhadores. Os servidores que ganham supersalários — acima do teto de R$ 39.293,32 — são apenas 0,23%, mas custam R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos todos os anos.