O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que determina um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza. EUA, Reino Unido e Rússia, que têm poder de veto, preferiram se abster. Elaborado por Malta, o documento também pede a liberação dos reféns sequestrados pelo Hamas “e por outros grupos”, além de acesso completo, rápido e seguro às agências humanitárias da ONU ao local.
O representante de Israel no conselho classificou a resolução como “desconectada da realidade e sem significado”, indicando que seu país não a obedecerá.
Tropas de Israel invadiram na madrugada de ontem o hospital al-Shifa, o maior da Faixa Gaza, onde centenas de médicos e pacientes estão retidos juntos com pessoas que buscaram refúgio dos combates. Desde antes dos atentados do Hamas em Israel e do início dos ataques a Gaza, Tel Aviv afirma que o grupo terroristas tem um quartel-general e uma rede de túneis sob o hospital, o que o grupo islâmico nega.
Cobrança de provas
A imprensa israelense chamou a invasão ao al-Shifa de “um anticlímax”, com os 200 militantes do Hamas que os serviços de inteligência de Israel diziam estar no hospital “desaparecendo no ar”. Espera-se que os militares apresentem provas sólidas do uso do hospital como base de comando do grupo islâmico.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a invasão do hospital como “totalmente inaceitável”. “Hospitais não são campos de batalha”, disse, em entrevista coletiva, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. (Jerusalem Post/Reuters).
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