A admissão de 12 pacientes pediátricos no Complexo Oncológico de Referência do Estado (Cora), nesta segunda-feira (9/6), é o primeiro passo rumo à inauguração oficial da primeira etapa da unidade, prevista para julho. O início dos trabalhos foi acompanhado pelo governador Ronaldo Caiado.
“Não tem nenhum hospital privado no país que dá as mesmas condições de atendimento e procedimentos que estamos dando às crianças, via SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso é inédito”, disse. O Cora, primeiro hospital público destinado exclusivamente ao tratamento do câncer no Estado, teve como inspiração o Hospital de Amor, de Barretos (SP).
A primeira fase do hospital contará com 60 leitos, sendo 48 de internação e 12 de observação, o que inclui enfermaria e UTIs. A estrutura também dispõe de 115 espaços de cuidado, como: quatro centros cirúrgicos; ambulatórios; radiologia; internação; e pronto-socorro.
Para concluir esta primeira fase, teve investimento estadual de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos. O custeio mensal da ala que atenderá crianças e adolescentes será de R$ 6 milhões. A equipe de 275 profissionais, treinados desde abril com profissionais de Barretos, já está preparada para atuar na unidade.
Obra caiadista
Durante visita às instalações da unidade, Caiado destacou a celeridade da obra e que o Estado driblou todas as dificuldades para, enfim, ofertar tratamento oncológico gratuito à população. “Muita gente achou que não aconteceria”, comentou. “Demoravam em torno de 15 ou 20 anos para se construir um hospital em Goiás. Esse foi construído em dois anos e um mês depois da terraplanagem”, frisou.
“Chegar aqui e ver tudo plenamente em funcionamento nos deixa impressionados. São coisas que nem mesmo hospitais privados têm, como a ressonância integrada ao centro cirúrgico, a área de transplante com um filtro 300% mais eficiente que o comum, e suítes para os pais integradas aos quartos dos filhos que estão em tratamento”, comentou o vice-governador Daniel Vilela.
Segundo o secretário adjunto de Saúde, Sergio Vencio, a admissão dos pacientes está sendo feita via regulação, conforme a unidade inicia os atendimentos. “Na medida em que a gente abriu a porta, começamos a receber os pedidos e estamos em um contato muito próximo com o hospital de Barretos. Para, aos poucos, trazer os pacientes goianos para cá e queremos também dar oportunidade para pacientes com diagnóstico recente de câncer começarem o tratamento aqui”, explicou.