O primeiro semestre deste ano não foi favorável para a indústria e para o comércio em Goiás. Segundo dados divulgados nesta semana pelo IBGE, a produção industrial goiana avançou apenas 1,6% nos primeiros seis meses deste ano, comparada com o mesmo período de 2021. Já o varejo goiano praticamente empatou suas vendas, com “avanço” de 0,1% entre os dois semestres.
Convém fazer uma ressalva: este cenário não é exclusivo de Goiás. O setor industrial e o varejo de todo o País têm sentido os efeitos da inflação, dos juros elevados e da queda no poder de renda da população. Além de ainda encontrarem dificuldades para a aquisição de algumas matérias-primas.
A produção da indústria goiana, por exemplo, mesmo com crescimento pífio de 1,6% no primeiro semestre deste ano, teve o quarto melhor resultado do País. As vendas do comércio brasileiro apresentaram crescimento médio de 1,4% nos primeiros seis meses de 2022, comparado com o mesmo período do ano passado.
E, tanto a produção industrial goiana como as vendas do comércio no Estado, só foram melhores quando comparadas com a média nacional por causa do segmento de veículos e peças automotivas. A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias das montadoras em Goiás (Caoa Cherry/Hyundai e Mitsubishi) cresceu 25,4% no acumulado do primeiro semestre de 2022. A fabricação de medicamentos também teve alta, de 9,2%.
Já o desempenho geral do comércio goiano foi salvo pelas vendas de veículos novos, que já acumulam 17 meses consecutivos de altas e crescimento de 24,4% em 12 meses. Com isso, o crescimento do varejo ampliado em Goiás foi de 4,6% no primeiro semestre de 2022. Para se ter uma ideia, o segmento de material de construção, por exemplo, sofreu queda de 10,9% nas vendas no primeiro semestre e acumula retração de 8,6% em 12 meses.
Outro setor que tem sofrido neste ano é o de combustíveis e lubrificantes, cujas vendas recuaram 6,6% no primeiro semestre, e o de móveis e eletrodomésticos (- 6,1%).
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