O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) tem descartado a possibilidade de uma aliança com o ex-presidente Lula (PT) para a eleição deste ano em Goiás. Em algumas reuniões recentes com lideranças empresariais e políticas, o tucano afirmou não ter nada pessoalmente contra o petista, mas frisou haver incompatibilidade entre os dois em vários temas relevantes para o Brasil.
Marconi disse, por exemplo, que não tem como apoiar um retrocesso de algumas reformas aprovadas pelo Congresso Nacional, como a trabalhista. Também afirmou que defende ampliar as privatizações no País, inclusive da Petrobras. O ex-presidente Lula tem descartado esta possibilidade e já anunciou, caso eleito, que vai rever a reforma trabalhista.
“Não tenho como apoiar uma candidatura de Lula. Por coerência. Não sou favorável em muitos pontos defendidos pelo PT, como o fim da reforma trabalhista e a não privatização da Petrobras. Ficaria incoerente da minha parte defender esses pontos na campanha. Não é nada pessoal. Nem mesmo problemas eu tenho com a esquerda em Goiás”, afirmou o tucano num dos encontros.
Palanque com Tebet
O ex-governador afirmou ainda que deve apoiar uma candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB/MS), caso o apoio do PSDB seja confirmado na convenção partidária. Frisou que está no partido há quase 30 anos e sempre seguiu o que foi decidido pela maioria na legenda.
Marconi fez apenas uma brincadeira: de que será estranho, para ele, pedir voto para o número 15. É que o MDB sempre foi adversário do tucano em Goiás. Inclusive, estará na chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), tendo Daniel Vilela como vice.
Descartando a possibilidade de aliança com o PT em Goiás, o ex-governador reduz ainda mais as alternativas para a formação de uma chapa competitiva. A possibilidade de aliança com Gustavo Mendanha (Patriota) também já está praticamente descartada. O ex-prefeito não deve recuar de sua candidatura ao governo e tem confirmado na sua chapa o deputado federal João Campos (Republicanos) para disputar o Senado.
Marconi Perillo deve se reunir amanhã com o presidente nacional do PROS, Marcus Holanda, para discutir a possibilidade de aliança em Goiás.
Saiba mais: Marconi marca uma data: 16 de julho