Maior cooperativa de Goiás, a Comigo vai cortar pela metade os investimentos para o próximo ano. A previsão é de desembolsar cerca de R$ 100 milhões em 2022 para construção de novas estruturas. Os investimentos neste ano chegaram em R$ 200 milhões. O motivo é o mesmo que assusta os mercados de uma forma geral: cenário econômico incerto e previsão de turbulências na política.
“Será um ano de incerteza política e os juros estão muito altos para investimentos. Vamos engavetar projetos e esperar as eleições”, afirmou o presidente da Comigo, Antônio Chavaglia, ao jornal Estado de S. Paulo. Ele também destaca o aumento nos custos para construir os armazéns, com a alta do aço.
Apesar do pé atrás com o cenário, Chavaglia afirma que a cooperativa vai fechar 2020 com um faturamento de R$ 10 bilhões, o que representa um crescimento de 47% em comparação ao ano passado. Ele acredita também que dá pra crescer pelo menos mais 20% em 2022 e chegar a R$ 12 bilhões no final do ano.
Dos R$ 100 milhões previstos para novos investimentos no ano que vem, a Comigo deve destinar R$ 40 milhões para um terminal de transbordo em Palmeiras de Goiás, que será construído em parceria com a Rumo e permitirá carregar grãos em trens que passam pela região. Serão também inauguradas duas novas lojas (em Pontalina e Crixás) e armazéns.