O custo de vida não para de subir e nada indica que vai parar de crescer no próximo ano. Um exemplo: prepare o bolso para pagar um IPVA, pelo menos, 15% mais caro no próximo ano. O imposto é calculado de acordo com o valor venal dos veículos usados, seguindo a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que é definida de acordo com a média dos preços entre janeiro a dezembro de cada ano. Mas, em Goiás, há um detalhe a mais: é um dos Estados que cobram as maiores alíquotas de IPVA.
Segundo levantamentos realizados do mercado de veículos usados neste ano, houve valorização média de 23% nos preços entre janeiro a agosto, principalmente por conta do aumento nos valores dos carros novos. Os aumentos têm ocorrido principalmente pela paralisação na produção de veículos por falta de componentes eletrônicos, que tiveram um aumento de preço devido à pandemia.
Alíquotas do IPVA
Outro fator também fará o IPVA pesar mais no bolso dos goianos é que as alíquotas do imposto cobradas em Goiás estão entre as mais altas do País. Chegam a 3,75%, dependendo da motorização do veículo. Na prática, é a alíquota cobrada da maioria dos carros em Goiás, porque a de 3% incide apenas em veículos com menos de 100 cavalos de potência, algo muito raro hoje, até mesmo entre os chamados carros populares.
Além de Goiás, somente São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais cobram alíquota maior (de 4%) de IPVA. As menores alíquotas são cobradas no Acre, Tocantins, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Santa Catarina (máximo de 2%).
Para se ter uma ideia da diferença que as alíquotas custam para os contribuintes, dependendo do Estado, um carro usado de R$ 60 mil no Tocantins ou no Mato Grosso custará R$ 1.200 em IPVA. No Maranhão, R$ 1.500. No Distrito Federal, R$ 2.100. Em Goiás, R$ 2.250. Já em São Paulo ou Minas Gerais, pagará R$ 2.400.
O proprietário de um veículo usado de maior valor, de R$ 100 mil, pagará IPVA de R$ 2 mil se morar no Tocantins, de R$ 3,750 mil se morar em Goiás ou até R$ 4 mil se morar em São Paulo.