A rede 5G completa um ano de operação no Brasil nesta quinta-feira (6/7). Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas de telecomunicações e conectividade, a nova tecnologia já supera os 10 milhões de usuários em mais de 150 cidades brasileiras. É um quantitativo superior às metas fixadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Entretanto, em Goiás tem avançado muito pouco.
Levantamento da Conexis Brasil Digital aponta que o 5G atingiu a marca de 10 milhões de usuários 11 meses após o lançamento, enquanto a rede 4G alcançou o mesmo número em 26 meses. As operadoras já instalaram o sinal 5G em todas as capitais, em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes e em metade das cidades com mais de 200 mil habitantes.
Segundo dados da Anatel, em Goiás existem 312 antenas 5G instaladas. Sendo que a maioria é da operadora TIM (160 no total), seguida pela Vivo e Claro (76 cada uma). Deste total, 75,4% estão instaladas em Goiânia, com 236 antenas. No Centro-Oeste, perde apenas para o Distrito Federal, que tem três vezes mais (932 no total). Mas ganha do Mato Grosso do Sul (122 antenas) e Mato Grosso (97). No Brasil são 13,6 mil antenas de 5G já instaladas. Ou seja: Goiás tem apenas 2,2% do total de antenas 5G instaladas no País.
Desafios
Segundo a Conexis Brasil Digital, apesar da rápida expansão de antenas 5G, há desafios ainda para a tecnologia estar disponível aos usuários. Como legislações municipais desatualizadas que atrasam ou impedem a instalação de mais antenas. Para se ter uma ideia, a regulamentação na capital goiana foi aprovada apenas recentemente pela Câmara de Goiânia. Conforme levantamento do projeto Conecte 5G, das 155 cidades com mais de 200 mil habitantes – incluindo as capitais – metade delas, 77, tem leis desfavoráveis ou não tem legislação específica para a instalação de antenas.
As operadoras pedem regras mais claras e licenciamentos mais ágeis para manter a velocidade de expansão da tecnologia. A tecnologia 5G tem uma vantagem em relação às redes anteriores, ao exigir a utilização de antenas pequenas, que dispensam torres e podem ser instaladas na fachada de prédios e até em postes e semáforos, sem interferir na paisagem urbana. No entanto, por ter frequência mais alta e comprimento de onda menor, a rede exige a instalação de mais antenas que os outros tipos de sinais. O avanço do 5G que vai exigir de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G.
A ativação, no entanto, depende de as operadoras instalarem os equipamentos e pedirem à Anatel a ativação das antenas. Atualmente, o grupo de trabalho do governo busca liberar a ativação do sinal nos municípios que possuem população de até 200 mil habitantes e em pelo menos 25% dos que têm população de até 30 mil. O cronograma prevê que pelo menos até 1º de janeiro de 2026 o sinal comece a ser liberado nos municípios com menos de 30 mil moradores.
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