O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que seu partido vai contratar uma ‘empresa de ponta’ para fazer auditoria das eleições de outubro e que esse trabalho não aconteceria depois da votação. “Se antes das eleições, daqui a 30, 40 dias, (a empresa) chegar à conclusão que, dado o que já foi feito até o momento para melhor termos umas eleições livres de qualquer suspeita de ingerência externa, ela dizer (sic) que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho. Olha a que ponto vamos chegar”, afirmou.
Bolsonaro disse ainda que os militares “não vão fazer papel de chancelar apenas o processo eleitoral, participar como espectadores do mesmo”.
Coincidência ou não, o ministro-general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) enviou um ofício ontem ao TSE pedindo que divulgue os questionamentos e sugestões das Forças Armadas sobre o sistema eleitoral. As perguntas seguem a mesma linha das críticas do presidente Bolsonaro.
Já os ministros do TSE preferiram não polemizar sobre as novas declarações de Bolsonaro. Mas ex-ministros afirmam que a lei e as próprias resoluções da Corte permitem auditorias contratadas por partidos, com acesso aos programas, até 12 meses antes das eleições.