Em dez anos, o Brasil ficou mais pobre. A fatia de domicílios brasileiros que integram as classes D e E aumentou de 48,7% para 51% entre 2021 e 2022. O levantamento é da consultoria Tendências. São 37,7 milhões de domicílios compondo a base social neste ano. Como o País não tem um critério único para classificar as classes de renda, a consultoria classifica D e E compostas pelos domicílios com renda mensal de até R$ 2,8 mil.
A recessão entre 2014 e 2016 e os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus interromperam a melhora da mobilidade social e a ascensão da classe C. Além da falta de renda, envolve habitação precária, problemas de saúde e escolaridade baixa. A partir de 2015, com a escalada inflacionária, a ausência de recomposição do valor de benefícios sociais e o desmonte das políticas sociais de segurança alimentar, o Brasil chegou a aproximadamente 25% da população em situação vulnerável.