Diante do derretimento da popularidade do presidente Jair Bolsonaro e das encrencas contratadas pelo governo para o curto prazo, lideranças dos partidos que compõem o centrão começaram a discutir um possível afastamento do Palácio do Planalto. A informação é da revista Crusoé, que cita o onipresente Valdemar Costa Neto (PL) como um dos que já articulam o movimento.
Os líderes desse bloco de partidos estão atentos para não perderem o timing. Se desembarcarem mesmo da base governista, precisam garantir porta aberta, em condições vantajosas, em outra plataforma política, de preferência aquela que tem mais chances de substituir o bolsonarismo em 2022. Hoje, essa perspectiva gira em torno de Lula, que aparece com mais que o dobro das intenções de voto que Bolsonaro na pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira (49% a 23%). Se o Centrão abandonar mesmo o barco, ele afunda.