O governo de Ronaldo Caiado terá amanhã (3/3) uma nova reunião com representantes dos servidores estaduais para negociar o reajuste salarial (data-base) deste ano. O Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás reivindica aumento de 25,5%, para recompor as perdas salariais (inflação) apenas no atual governo, que ainda não pagou a data-base em nenhum dos três primeiros anos de gestão. A proposta apresentada pelo governo, há duas semanas, foi de um aumento de 5,5%. Foi recusada.
O governador Caiado tem afirmado que o diálogo será mantido, de forma transparente, para o pagamento da data-base dos servidores estaduais. Tem frisado que o reajuste salarial não ocorre desde 2016, e não apenas no seu governo. “É a primeira vez em Goiás, depois de 2016, que está sendo discutido data-base. Estamos reiniciando algo que o servidor público não via em Goiás”, disse na semana passada.
Como as entidades do Fórum dos servidores não aceitaram a primeira proposta do governo, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ficou de avaliar a possibilidade de apresentar outro porcentual de reajuste salarial. Caso o governo de Goiás não consiga atender o pedido de reajuste da data-base em 25,5%, ou chegar a um meio termo, alguns segmentos do funcionalismo público do Estado podem parar.
“Após muito empenho e luta do Sintego e das entidades representativas dos/as servidores/as públicos, governo Caiado finalmente apresenta proposta para pagamento das datas-bases em atraso. Todos sabem que o percentual é de 25,5% e o governo apresentou uma proposta de 5,5%, que não corresponde a nenhuma data-base. Não aceitamos a proposta seguimos em negociação com o governo”, informou o Sintego em nota e também em vídeo nas redes sociais.
O Sindicato dos Policiais Civis de Goiás já admitiu a possibilidade de paralisação da categoria, que precisa ser avaliada e decidida em assembleia. “A data-base é uma reposição da inflação. Tem bastante reposição atrasada, mas cedemos e pedimos a reposição apenas do Governo Caiado. Isso é garantido por lei e todos os servidores públicos devem receber. Não é nenhum favor. Não é reajuste salarial, é reposição da inflação”, afirmou a entidade em nota.