Cresceu nos últimos dias a disputa na base do governista pela indicação do nome que vai compor como vice a chapa de Sandro Mabel (UB) na eleição para a Prefeitura de Goiânia deste ano. Um grupo, liderando pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, busca emplacar sua indicação. O MDB também já disse que tem interesse de indicar. E ainda existe a possibilidade da vaga ser destinada para uma composição com o PL na capital.
O grupo de Bruno Peixoto é composto pelos partidos PRD, Avante, Agir e PSB. E já apresentou cinco nomes para uma vice de Sandro Mabel: ex-deputado Francisco Oliveira, Luciene Peixoto (mulher de Bruno Peixoto), Mizair Lemes Jr., e os vereadores Romário Policarpo, presidente da Câmara de Goiânia, e Thialu Guiotti. O nome mais cotado no grupo é o de Policarpo.
Houve uma “declaração oficial” de apoio na semana passada deste grupo à pré-candidatura de Sandro Mabel, que foi precedida de uma conversa reservada com o governador Ronaldo Caiado (UB) no Palácio das Esmeraldas. Entretanto, Bruno Peixoto deixou claro que o apoio estaria atrelado à indicação para a vice na chapa majoritária na capital.
MDB no páreo
Já a cúpula do MDB em Goiânia, com seus 11 vereadores na capital, teve uma reunião na semana passada com o vice-governador e presidente estadual da legenda, Daniel Vilela. O discurso foi enfático: o partido não abre mão de indicar o vice na chapa de Sandro Mabel.
Aliás, só faz uma exceção: se a vice tiver de ser cedida para o PL, o que reforçaria ainda mais a pré-candidatura da base governista na capital. O principal argumento dos emedebistas é a força do partido em Goiânia, que venceu as últimas eleições com Iris Rezende e Maguito Vilela. Um nome citado para a vaga é o de Paulo Ortegal.
Já o pré-candidato Sandro Mabel mudou sua estratégia. Ao ser confirmado como o nome da base do governador Ronaldo Caiado, há um mês, ele antecipou o debate sobre a sua vice. Disse que gostaria que fosse uma mulher e evangélica.
Com as pressões dentro da base, mudou de ideia e passou a afirmar que a escolha será definida pelas lideranças na sua aliança e com ajuda de pesquisas qualitativas. Com isso, o pré-candidato do União Brasil ganha tempo para ampliar alianças em torno de sua pré-candidatura.
PL e PSD
Embora seja algo ainda improvável, Sandro Mabel não descarta ainda a possibilidade de ter o PL de Jair Bolsonaro na sua coligação em Goiânia. Para isso, indicando o vice, se for preciso.
O seu grupo também mantém uma (pequena) esperança de que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) possa desistir de sua pré-candidatura a prefeito de Goiânia e apoiar Sandro Mabel. O que pode, também, passar por indicação de um nome para a vice na chapa.
Provavelmente, esta definição de vice ocorrerá somente próxima das convenções partidárias, no final de julho e início de agosto. É quanto também se definem as alianças para as eleições majoritárias. Declarações de apoio antecipadas não significam que serão oficializadas nas convenções.