O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana dados reveladores sobre a distribuição de renda em Goiás em 2022. A análise detalhada dessas informações destaca disparidades significativas entre diferentes estratos da população e revela tanto a concentração de renda quanto os desafios relacionados à pobreza.
O estudo revela que a classe dos 10% da população com menores rendimentos em Goiás recebeu apenas 1,6% do total do rendimento domiciliar per capita. Enquanto a classe dos 10% com maiores rendimentos obteve expressivos 36,6%. Além disso, os 20% mais ricos concentram mais da metade (51,5%) do rendimento per capita de todo o estado.
O índice de Palma, que mede a captura da renda total dos 10% mais ricos sobre os 40% mais pobres, é de 2,54 em Goiás. Isso significa que os 10% mais ricos ganham 2,54 vezes mais que os 40% mais pobres. Embora esse índice tenha apresentado uma ligeira melhora em relação a 2021 (2,7), ainda revela uma concentração considerável de renda.
Em comparação nacional, Goiás se mantém como o quarto estado com menor concentração de renda no país, com o Brasil apresentando um índice mais elevado, 3,60.
Pobreza em Goiás
O Banco Mundial estabelece diferentes linhas de pobreza, levando em conta o nível de renda dos países. Em 2022, 2,7% da população goiana, ou 196,1 mil pessoas, viviam abaixo da linha de extrema pobreza (US$ 2,15 por dia). Em um cenário sem benefícios de programas sociais, esse número saltaria para 5,1%, totalizando 371,8 mil pessoas na extrema pobreza.
O Banco Mundial sugere linhas de pobreza de US$ 3,65 para países de renda média-baixa e US$ 6,85 para países de renda média-alta. Em Goiás, 22,7% da população, correspondendo a 1,66 milhão de pessoas, estavam na linha da pobreza em 2022. Em um cenário sem benefícios de programas sociais, esse número aumentaria para 26,7%, totalizando 1,95 milhão de pessoas.
Esses dados revelam não apenas a complexidade da distribuição de renda em Goiás, mas também a necessidade de políticas públicas que busquem mitigar a desigualdade e combater a pobreza, visando um desenvolvimento mais equitativo e inclusivo.
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